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Mulher denuncia racismo de médica em UPA de Ribeirão das Neves

Publicada em 21/06/22 às 09:19h - 49 visualizações

por Por Lucas Henrique Gomes


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 (Foto: UPA em Ribeirão das Neves — Foto: Reprodução/Google Street View)

Profissional nega e disse que usou a ciência para explicar a situação


Uma mulher de 28 anos acionou a polícia nessa segunda-feira (20) após um suposto caso de racismo na UPA de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o boletim de ocorrência, os casos de injúria teriam ocorridos durante uma consulta para dar alta ao pai da mulher, de 62 anos, que ficou em observação na ala de urgência da unidade.

 

Incialmente, a filha diz que a médica cobrou o pai para que ele tomasse de forma correta os remédios para controlar a pressão. O idoso disse que tomava as medicações certas pela manhã, mas que às vezes esquecia os da tarde. Neste momento, segundo a filha, a médica começou a passar a mão em um dos braços. "Negro não é igual a branco, a pele do negro, igual a do senhor, a tendência é o coração explodir e fazer um boom do nada. O branco envelhece mais rápido, mas o negro não envelhece pela cor da pele. Olha, eu sou branca e o senhor é negro. Essa pele é diferente", teria dito a profissional. O paciente então a interrompeu e disse que tinha culpa pelo quadro clínico, já que a esposa dele separa os remédios para ele tomar e às vezes não toma.

"Tá vendo? Você tem uma escrava. Merece tomar chibatadas na cara", teria rebatido a médica. 


Ao final da consulta, a profissional perguntou se pai e filha tinham alguma dúvida, momento em que a filha a questionou sobre o racismo, disse ter gravado o fato e que acionaria a polícia. 

Médica nega racismo

Acuada e alegando sofrer ameaça de violência, a médica ficou em um local seguro dentro da unidade de saúde. Aos policiais, ela afirmou que o paciente teve uma crise gravíssima de hipertensão. Na versão dela, "relatou de maneira científica e técnica a situação, que explicou que por ser de raça negra, o idoso precisaria ter mais zelo e cuidado, pois tal raça tem maior dificuldade no controle da hipertensão". A profissional diz que nesse momento a filha a acusou de racismo. Em outro momento, a médica teria dito que, na versão dela, que a vida "dá bordoadas na gente" e que o paciente poderia não ter a mesma sorte em outra ocasião, quando foi questionada sobre ter dito "chibatadas".

 

Ainda na versão da médica, a filha do paciente disse que ia bater nela e ainda disse que "ia ganhar dinheiro com isso", além de insuflar os pacientes que estavam na UPA contra ela. Temendo pela vida, encerrou o atendimento e foi para um local seguro.

 

O idoso apresentou queixa contra a médica pelo crime contra a raça e a médica prestou queixa contra a filha do idoso por ameaça. Ambas foram encaminhadas à delegacia, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), se comprometeram a comparecer ao Juizado Criminal e foram liberadas.





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