O pedido de registro do Largo do Rosário no Conselho Municipal de Patrimônio de Belo Horizonte será votado na quarta-feira, dia 18 de agosto. “Um dia para ser registrado na história do Muquifu (Museu dos Quilombos, Vilas e Favelas Urbanos)” – afirma o padre Mauro Luiz da Silva, curador do Museu.
A aprovação do pedido, segundo padre Mauro, já garante proteção cautelar do Largo do Rosário que está geograficamente situado no entroncamento entre as ruas da Bahia, Timbiras e região. No local, no final do século XIX, existia a Rua do Rosário, o Largo do Rosário e a Capela de Nossa Senhora do Rosário, que tinha em seu adro o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, edificações que foram demolidas durante o período de construção de Belo Horizonte .
O próximo passo – explica o sacerdote – será a elaboração do Dossiê de Registro que retornará ao Conselho Municipal de Patrimônio para que, ainda este ano, o local seja formalizado como Patrimônio Imaterial de Belo Horizonte.
No requerimento a ser votado pelo Conselho Municipal do Patrimônio padre Mauro Luíz argumenta que o Largo do Rosário é referência histórica, cultural e simbólica da presença negra e suas manifestações no antigo Curral Del Rey e na Nova Capital de Minas Gerais. (CLIQUE AQUI para ler o documento e conhecer um pouco mais sobre o Afro-patrimônio do Curral Del Rey).
Padre Mauro Luiz da Silva, pároco da Paróquia Jesus Missionário (bairro Vista Alegre), é mestre e doutorando em Ciências Sociais (PUC Minas), Bolsista da Capes, curador do Museu dos Quilombos, Vilas e Favelas Urbanos (Muquifu) e Coordenador do Projeto de Pesquisa NegriCidade.