Mais da metade da população brasileira desaprova o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem apontam que 57% dos entrevistados não aprovam a gestão feita pelo presidente, contra 41% dos que aprovam.

A mesma pesquisa revela que o governo é avaliado negativamente por 44% da população. Outros 28% dos entrevistados consideram a gestão Bolsonaro regular, e apenas 26% avaliam como positiva.

A situação é pior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde o presidente é avaliado negativamente por 48% e 49% da população, respectivamente. Na sequência estão as regiões Sudeste, com 45%, e Norte, com 39%. Na região Sul é onde ele tem a menor avaliação negativa, de 34% dos entrevistados (veja nos gráficos abaixo). 

O levantamento Genial/Quaest também perguntou aos eleitores como avaliavam o comportamento do presidente, e 67% disseram que desaprovam, contra 29% que aprovam. Outros 4% não souberam ou não responderam. 

Outra questão avaliada é se o governo estava melhor ou pior em relação ao que o entrevistado esperava. A maioria disse que a gestão Bolsonaro está pior (27%) ou muito pior (22%) que o esperado, enquanto 31% disseram que não está nem pior nem melhor. Apenas 4% disseram que está muito melhor, e 16% afirmaram que está melhor.

Sobre um possível impeachment do presidente a pesquisa apontou empate: 46% disseram ser a favor, e 46% se posicionaram contra; 8% não souberam ou não quiseram responder.

Em todos os recortes, a avaliação negativa é maior que a positiva. Por sexo, o presidente é mal avaliado por 48% das mulheres, tem avaliação regular de 27% e positiva de 22%. Entre os homens, 39% avaliam o governo negativamente, enquanto 29% acham regular e 31% acham positivo. 

Já por idade, em todas as faixas etárias a avaliação negativa é maior que as demais, sendo que entre 16 e 24 anos é que o presidente apresenta o pior desempenho. A avaliação do governo entre esse público é apontada como negativa por 50%.

No quesito escolaridade, o pior desempenho é entre aqueles que têm ensino superior incompleto ou acima disso, o que representa 49%. Já na renda, aqueles que recebem até dois salários mínimos são os que menos avaliam o governo positivamente.

A Genial/Quaest ouviu 1.500 pessoas nas 27 Unidades da Federação entre os dias 1° e 4 de julho, de forma presencial. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. 

Economia do país divide entrevistados

Ainda na pesquisa Genial/Quaest, os eleitores foram questionados sobre suas expectativas sobre o futuro da economia, geração de emprego e inflação. A maioria aposta na melhoria ou na manutenção da economia como está, mas acreditam que o governo não conseguirá controlar o aumento dos preços.

De modo geral, 38% disseram estar otimistas e acreditam numa melhora econômica e no crescimento do país nos próximos meses. Outros 37% disseram que não estão nem otimistas, nem pessimistas e apostam que a situação deve permanecer como está, enquanto 22% da população disse estar pessimista e acreditar em uma piora da economia.