A 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou, por unanimidade, a realização do terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil, em 2023. Na ocasião, serão celebrados os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país. A proposta foi apresentada pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, na manhã de terça-feira, dia 13 de abril, segundo dia da 58ª Assembleia Geral da Conferência, que é realizada de forma virtual durante toda a semana.
Segundo o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, dom João Francisco Salm, o Ano Vocacional de 2023 dará continuidade a um processo iniciado em 1983, quando foi celebrado o primeiro ano vocacional do Brasil – iniciativa que, na época, “favoreceu e ampliou o reconhecimento de que toda a comunidade cristã é responsável pela animação, cultivo e formações das vocações”. O bispo também destacou vários frutos que surgiram, a exemplo da dinamização dos Serviços de Animação Vocacional e da Pastoral Vocacional, além da produção de subsídios.
Em 2003, o segundo ano vocacional – com o tema Batismo, fonte de todas as vocações – “promoveu um novo despertar vocacional, conscientizou para a vocação e missão batismal na comunidade eclesial e na sociedade”, e ainda favoreceu outros frutos para a Igreja.
Mais recentemente, o 4º Congresso Vocacional do Brasil, em 2019, assumiu como compromisso a preparação de um projeto para celebrar os 40 anos do primeiro ano Vocacional do Brasil, surgindo a proposta do terceiro Ano Vocacional em 2023.
Dom João Francisco Salm ressaltou vários pontos que reforçam o contexto favorável em âmbito universal – como o Sínodo dos Jovens; as exortações apostólicas Christus Vivit e Gaudete et Exultate; o Sínodo 2022 (com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”) – e nacional: o 4º Congresso Vocacional; as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, com a proposta das Comunidades Eclesiais Missionárias; e a Ratio Nacionalis para a Formação de Presbíteros.
O bispo também destacou uma afirmação do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira, durante o 4º Congresso Vocacional, em 2019: “Sem consciência vocacional, a Igreja não terá o vigor missionário que ela precisa ter”.