O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo)  afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu que a verba federal para a ampliação do metrô de BH já está reservada no orçamento da União. O valor total do investimento é de R$ 3,2 bilhões, sendo desse aporte, o governo federal vai arcar com R$ 2,8 bilhões enquanto o governo estadual entrará com R$ 400 milhões 

Na última semana, Zema se reuniu, em Brasília, com os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, onde anunciaram os valores para o empreendimento.  

“O que depender do estado de Minas, esses R$ 400 milhões será feito e eu acredito que o governo federal não faltará com essa questão porque inclusive eu escutei do ministro Paulo Guedes que este dinheiro já está reservado no orçamento”, afirmou o governador, nesta segunda-feira (30) em entrevista ao Bom Dia Minas, da TV Globo. 

Zema ainda garantiu que, caso a verba federal não venha, o governo estadual vai garantir a sua parte do aporte (R$ 400 milhões) para dar início ao projeto.  “Dá para revitalizar esta linha atual que já existe, que hoje tem vários gargalos, modernizar as composições, melhorar diversas estações. Então mesmo que o governo federal falte, o que eu não acredito, numa hipótese remota, nós vamos fazer avanço na questão do trem metropolitano”, garantiu.

O governador lembrou que a obra é esperada pelos moradores de BH há mais de 20 anos e que seu governo deve, pelo menos, iniciá-la. 

“Essa obra deveria ter sido feita há 20, 25 anos atrás e eu quero ter o prazer de pelo menos iniciá-la, porque é uma obra que vai levar anos. Talvez cinco, oito anos para ser executada, mas eu acredito firmemente. E um detalhe muito importante: na minha gestão eu não comecei e parei nenhuma obra, isso nunca vai acontecer. O cemitério de obras inacabadas em Minas Gerais só tem diminuído. E  com o metrô não vai ser diferente.”, garantiu. 

Projeto

Atualmente, o metrô de BH possui apenas a linha 1, que vai do bairro Água Branca, em Contagem, na região metropolitana, e segue até a Estação Vilarinho, na região de Venda Nova. Dentro do projeto, está previsto que se estenda o trajeto para o Novo Eldorado, além de modernizá-la. 

Já a linha 2 é um sonho antigo dos belorizontinos,  mas nunca saiu do papel. No projeto inicial, ela ligaria o bairro Calafate, região oeste da capital, à região do Barreiro.

A proposta já anunciada anteriormente é de separar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – hoje de propriedade da União e com atuação em cinco Estados – criando a CBTU Minas. A partir daí, é que seria feita a privatização da empresa.
Segundo anúncio do Ministério do Desenvolvimento Regional, o edital para a entrega da empresa à iniciativa privada deve ser publicado no início do próximo ano.