Cerca de 50 caminhoneiros protestam em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na manhã desta sexta-feira, contra o alto preço dos combustíveis no país. De acordo com Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque-MG), a estimativa é que haja 300 caminhões parados em todo o Estado. 

Em greve, os tanqueiros pedem a redução do ICMS para aliviar os preços. A categoria reivindica a redução de 15% para 12% o cobrado pelo governo estadual sobre o combustível.

De acordo com Irani Gomes, presidente do SindTanque-MG, a greve não tem previsão de fim e, segundo ele, o reflexo da falta de gasolina já é sentida nos postos. Nesta quinta-feira (25), a categoria se reuniu com representantes da Secretária de Fazenda. "Eles nos deram uma resposta negativa, estamos aguardando o que pode ser feito", afirma. 

Em Belo Horizonte, a gasolina já é vendida a mais de R$ 5 nos postos de combustível. Desde ontem, com a greve, algumas revendas registram falta de gasolina e etanol, e falta combustível em alguns postos. 

Desde a semana passada, quando a Petrobras anunciou reajuste de 10% na gasolina e 15% no diesel, caminhoneiros protestam em todo o país. Nessa quinta-feira, os transportadores fizeram uma carreata da Regap até a Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, para cobrar a diminuição do ICMS, mas o governador Romeu Zema disse que a diminuição de alíquotas do imposto depende de maior equilíbrio financeiro, o que não deve ocorrer no curto prazo.