Enquanto muitas crianças começam a se questionar sobre a existência do Papai Noel, alguns historiadores não acreditam nem sequer na existência da pessoa em quem o mito do Bom Velhinho se inspirou.
O problema no tocante a São Nicolau é que não existem documentos escritos contemporâneos a ele para registrar a sua existência. Tudo o que sabemos sobre São Nicolau veio de lendas criadas após a sua morte.
Segundo o Centro São Nicolau, “a primeira hagiografia do bispo de Myra, escrita por outro desconhecido chamado Miguel, o Arquimandrita, remonta a cerca do ano 700, aproximadamente três séculos e meio após o fim da existência terrena do santo”.
Só este fato já leva alguns historiadores a afirmar que São Nicolau foi apenas uma lenda.
No entanto, este é o mesmo tempo que separa Alexandre, o Grande, dos seus principais biógrafos.
A história oral era uma forma comum de transmitir a vida de um indivíduo, como pode ser claramente observado na própria Bíblia, que foi escrita décadas e até séculos depois dos acontecimentos que descreve.
Muito trabalho arqueológico tem sido feito nos últimos anos para investigar os fatos essenciais da vida de São Nicolau.
Embora muitas lendas a seu respeito envolvam milagres e acontecimentos extraordinários, isto não significa necessariamente que o próprio homem não tenha existido. Os primeiros cristãos costumavam usar histórias para relacionar verdades espirituais e explicar melhor a vida de um santo.
Além disso, o culto devocional a São Nicolau se estabeleceu firmemente apenas alguns séculos após a sua morte, o que aponta para uma longa história de procura da sua intercessão.
A Igreja Católica de hoje continua acreditando na existência de São Nicolau e afirma a sua presença no Céu, de onde ele intercede por nós diariamente.
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