Congregação declara que a beatificação recorda "todas as demais religiosas assassinadas pelo exército comunista soviético"

As dez freiras beatificadas na Polônia neste último sábado, 11 de junho, foram mártires da castidade.

A cerimônia de beatificação na Catedral de São João Batista, em Wrocław, foi presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da congregação para as Causas dos Santos.

Todas as dez mártires pertenciam à congregação das Irmãs de Santa Isabel, fundada na França em 1810 com a missão de cuidar dos mais necessitados, em particular os enfermos. Conhecidas como elisabetinas, as religiosas afirmaram que a beatificação das dez companheiras de vida consagrada recorda todas as demais religiosas assassinadas pelo exército comunista soviético.

A respeito do martírio, o cardeal Semeraro registrou, na homilia, que as dez religiosas foram mortas pelas tropas soviéticas em decorrência do ódio comunista contra a fé católica e, particularmente, pelo fato de terem sacrificado a própria vida em defesa da sua castidade.

“O testemunho das novas beatas é uma palavra de amor, um sinal de caridade, de entrega total ao Esposo celestial”.

O cardeal também destacou que as religiosas viveram “a serviço dos enfermos, dos pequenos, dos pobres e dos mais frágeis”, traçando a partir desta lembrança um paralelo com a generosidade do povo polonês ao abrir as suas fronteiras, nos últimos meses, para receber os refugiados da guerra na Ucrânia.

A memória litúrgica das dez religiosas beatificadas será celebrada no dia 11 de junho.

Não foram somente as freiras que sentiram a brutalidade do ódio comunista contra a sua fé e contra a sua castidade: milicianos comunistas fizeram o mesmo também contra homens durante a Guerra Civil Espanhola.