Na audiência geral desta quarta, 8, o Papa Francisco recordou o exemplo de Santa Edwiges, convidando a pedir sua intercessão em prol da paz na Europa. Francisco se dirigiu aos peregrinos de língua polonesa, conterrâneos da santa. 

“Hoje vocês recordam a rainha Santa Edwiges, apóstola da Lituânia e fundadora da Universidade Jaguelônica. Confiem-se à sua intercessão, rezando como ela aos pés da Cruz pela paz na Europa”.  

Santa Edwiges tem sua vida entrelaçada com a história da Polônia e da Europa. Nascida em 1174, vem de uma família bávara. Rainha da Polônia, ela destinava grande parte de sua renda aos pobres. Passava horas de intensa oração em frente ao “crucifixo negro” da Catedral de Wawel. Seu filho, Henrique, o Piedoso, em 1241, com suas tropas, resistiu vigorosamente à invasão dos tártaros. Edwiges infundiu coragem e recomendou a batalha de Legnica a Cristo crucificado. Henrique, o Piedoso, morreu durante a batalha, mas os tártaros foram forçados a recuar e a paz retornou às terras da Silésia e da Polônia.

Uma rainha a serviço da reconciliação

Em 8 de junho de 1997, na esplanada de Błonie, em Cracóvia, o Papa João Paulo II presidiu a missa de canonização da rainha Edwiges diante de uma vasta multidão. A homilia é pontuada, em vários trechos, por uma exclamação: “Gaude, mater Poland!”. O Papa Woytila destaca que o prestígio de Santa Edwiges não veio “da insígnia real, mas da força do espírito, da profundidade da mente e da sensibilidade do coração”.