Em seguida Francisco disse aos presentes: “Para vocês, segundo o carisma de São João Batista de la Salle, estes ‘novos caminhos’ são, antes de tudo, caminhos educacionais, a serem realizados nas escolas, colégios e universidades que vocês dirigem em cerca de cem países nos quais estão presentes. Uma grande responsabilidade!”.
Com os participantes, o Papa agradeceu ao Senhor, porque o trabalho educativo é um grande presente antes de tudo para aqueles que o realizam. “É um trabalho que exige muito, mas dá muito!”.
Nesta relação, prosseguiu o Santo Padre, “neste caminho que vocês fazem com os alunos, vocês oferecem os valores da sua rica tradição pedagógica: educam à responsabilidade, à criatividade, à convivência, à justiça, à paz; educam à vida interior, para estarem abertos ao transcendente, para sentir o maravilhamento e a contemplação diante do mistério da vida e da criação. Vocês vivem tudo isso e o interpretam em Cristo, traduzindo-o na plenitude da humanidade”.
O Pontífice lembrou que o mundo está passando por uma emergência educacional, agravada pelas consequências da pandemia. De acordo com ele, os dois grandes desafios deste tempo são: o desafio da fraternidade e o desafio de cuidar da Casa Comum. “Só podem ser enfrentados através da educação. Ambos são, acima de tudo, desafios educacionais”, disse.
Por fim o Papa concluiu afirmando: “Como educadores, vocês sabem bem que esta transformação deve partir das consciências, ou será apenas uma fachada. E sabem também que não podem fazer este trabalho sozinhos, mas cooperando em uma ‘aliança educativa’ com as famílias, com as comunidades e agregações eclesiais, com as realidades educacionais presentes no território”.
“Para serem bons trabalhadores, vocês devem também cuidar de si mesmos! Vocês não podem dar aos jovens o que vocês não têm por dentro. O educador cristão, na escola de Cristo, é acima de tudo uma testemunha, e é mestre na medida em que é uma testemunha”, finalizou.