Em sua viagem apostólica a Malta, nestes dias 2 e 3 de abril, o Papa Francisco será recebido pelo presidente do país, George Vella, que é médico e convicto defensor da vida.
Em declarações ao portal local NETnews em 17 de maio de 2021, o presidente maltês reafirmou sua discordância do projeto de lei apresentado naquele mês pela deputada independente Marlene Farrugia, que pretendia alterar três artigos do Código Penal a fim de descriminalizar o aborto no arquipélago mediterrâneo de meio milhão de habitantes.
George Vella declarou enfaticamente na ocasião:
“Jamais assinarei um projeto de lei que envolva a autorização de assassinato. Não posso impedir o executivo de decidir, pois isso depende do parlamento. Mas eu tenho a liberdade de renunciar caso não concorde com um projeto de lei, e não teria nenhum problema em fazer isso”.
Para que não restassem dúvidas sobre a gravidade e a natureza do aborto, Vella enfatizou que se trata de assassinato:
“Ou você matou ou não matou. Não existe meia morte. Eu sou muito claro. Neste caso, não existe ‘e se…’ nem ‘mas…'”.
No mesmo contexto, dom Charles Scicluna, arcebispo de Malta, também se manifestou a respeito do assunto no dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora de Fátima. Ele declarou ao jornal Times of Malta que o ventre materno é um lugar de vida e não de matança.
Malta tem resistido com veemência contra as pressões europeias para aprovar o aborto livre.