Durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (10) na Prefeitura de Belo Horizonte, o secretário de Saúde Jackson Machado voltou a recomendar que não haja aglomerações na cidade nas festas de fim de ano e no Carnaval do ano que vem. "O ideal é que não haja Carnaval, assim como o ideal é que não haja aglomerações no Natal, no Réveillon, etc", declarou.
O responsável pela pasta de Saúde da capital ponderou, entretanto, que ele só pode falar pela secretaria que comanda e que determinações mais específicas sobre os eventos devem ser dadas posteriormente pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD).
Uma das argumentações utilizadas por Jackson Machado é de que não se sabe qual será o comportamento da variante ômicron quando chegar na capital, o que ele avaliou que "certamente" vai ocorrer.
Uma resposta antes, entretanto, o secretário afirmou que a "perspectiva é de que provavelmente a nova cepa não vai ter grande impacto epidemiológico na cidade". "O que nos chega da ômicron em outros locais, na África do Sul, onde foi descrita, apesar de não aparecer lá, são que 65% pessoas não estão vacinadas e 35% tiveram apenas uma dose, Ou seja, 100% das pessoas internadas na África do Sul pela ômicron não estão devidamente imunizadas. Os países europeus também estão experimentando os casos em pessoas não imunizadas. Acreditamos que ela ao chegar aqui, o que certamente vai acontecer, vai encontrar população uma protegida, sabemos que a ômicron apesar de ter transmissibilidade maior, também causa quadros clínicos menos graves, embora nos traga alguma preocupação sim, a nossa perspectiva é de que provavelmente não vai ter grande impacto epidemiológico na cidade, mas é conjectura, por isso que a gente diz que tem que ter cuidado, mas não vamos relaxar, vamos aproximar nossa vida do normal porque os indicadores permitem isso", pontuou.