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Papa se reúne com presidente do Parlamento Europeu após votação sobre o aborto

Publicada em 28/06/21 às 11:04h - 57 visualizações

por Vaticano, 28 jun. 21 / 10:15 am (ACI).


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 (Foto: Pixabay)

Vaticano, 28 jun. 21 / 10:15 am (ACI).- O papa Francisco reuniu-se com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, em audiência privada no Vaticano, no sábado, 26 de junho, dois dias depois da votação que aprovou um relatório “radical” sobre o aborto no órgão legislativo da União Européia.

“A conversa com o Santo Padre centrou-se na necessidade de proteger os mais fracos e vulneráveis: os direitos das pessoas são a medida de todas as coisas. A recuperação europeia só será bem sucedida se as desigualdades forem reduzidas”, afirmou Sassoli na sua conta de Twitter.



Sassoli, político italiano de 65 anos de idade, também se reuniu com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, e o arcebispo Paul Gallagher, secretário para as relações com os Estados. Segundo o comunicado de imprensa do Parlamento Europeu, eles dialogaram sobre “a situação no Mediterrâneo, a África, os Balcãs Ocidentais, o processo de adesão e a vizinhança do leste”. “Foi dada especial atenção aos esforços europeus para disponibilizar vacinas para os países de baixa renda, especialmente na África”, acrescenta.

O Parlamento Europeu votou, em 24 de junho, a aprovação de um relatório que descreve o aborto como “atenção médica essencial” e busca redefinir a objecção de consciência como uma “negação de atenção médica”.

O relatório Matic também define o aborto como um “direito humano” e que as violações à “saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos” são “uma forma de violência contra as mulheres e as meninas”.

Os eurodeputados votaram a favor do relatório na sessão plenária em Bruxelas, na Bélgica. Foram 378 votos a favor, 255 contra e 42 abstenções.

O relatório não é vinculativo para os 27 Estados-membros da União Europeia (UE). Somente dois desses países, a Polônia e Malta, não permitem o aborto voluntário ou por motivos sociais amplos.

Em uma entrevista à Vatican News, Sassoli subestimou o significado da votação.

“Esta resolução não é vinculativa porque não é um ato legislativo. É uma recomendação para garantir que todos os países tenham, de alguma forma, uma legislação similar”, disse ele, sugerindo que a Itália poderia ser um modelo para outros países.

“Creio que há um pouco de instrumentalização e seria bom deixar isso de lado. Vimos que muitos países se comportam de diferentes maneiras e acho que algumas experiências, como a italiana, também podem ser úteis”, comentou.

Antes da votação, grupos pró-vida e líderes católicos tinham insistido para que o Parlamento Europeu rejeitasse o relatório apresentado pelo político croata Predrag Fred Matic.

Rede Parlamentar para Assuntos Críticos (PNCI), com sede em Washington D.C., qualificou o documento de “extremo” e “radical”.

A secretaria da Comissão de Conferências Episcopais da União Européia (COMECE) expressou sua inquietude em relação ao texto e disse que era “eticamente insustentável” classificar o aborto como um serviço de saúde “essencial”.

Por sua vez, a Conferência dos Bispos Nórdicos disse que a forma como o relatório trata a objeção de consciência “põe em risco o direito das pessoas de seguirem as suas próprias convicções em assuntos morais e religiosos. Elas correm o risco de perder seu trabalho ou até mesmo de serem proibidas de realizar seu trabalho de assistência médica”.

O relatório Matic, oficialmente conhecido como “Relatório sobre a situação da saúde e os direitos sexuais e reprodutivos na UE no âmbito da saúde das mulheres”, foi aprovado pela Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Gêneros do Parlamento Europeu em 11 de maio.

Dois membros do Parlamento Europeu, Margarita de la Pisa Carrión e Jadwiga Wiśniewska, estabeleceram uma “posição minoritária”, argumentando que o relatório “não tinha qualquer rigor legal ou formal”.

Segundo as parlamentares, foram apresentadas 154 emendas ao texto, que “extrapola sua competência ao abordar temas como a saúde, a educação sexual e a reprodução, bem como o aborto e a educação, que são poderes legislativos dos estados membros”.

“O aborto é tratado como um suposto direito humano, inexistente no direito internacional. Trata-se de uma violação da Declaração Universal dos Direitos do Homem e dos principais tratados vinculativos, bem como da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e do Tribunal de Justiça da União Europeia”, escreveram.

European Center for Law and Justice (ECLJ), uma ONG com sede em Estrasburgo, na França, considera que os promotores do relatório buscam “introduzir uma nova norma sem que, à primeira vista, pareça uma imposição”.

Afirmou que “a escolha da instituição não deve ser subestimada nesta estratégia, porque, embora as resoluções do Parlamento Europeu não tenham valor jurídico vinculativo, são a expressão de um parecer que o Parlamento quer dar a conhecer”.

“Posteriormente, uma resolução pode servir para legitimar politicamente a ação dos Estados-membros ou das instituições. Sua finalidade é produzir efeitos práticos”, advertiu.

“Mais importante ainda, pode expressar uma intenção pré-legislativa que depois pode ser usada para justificar atos vinculativos. Por conseguinte, não há dúvida de que um ato do Parlamento Europeu representa a porta de entrada no coração do sistema normativo”, afirmou.

Vários bispos europeus lamentaram o resultado da votação de quinta-feira, incluindo o arcebispo Stanisław Gądecki, presidente da Conferência Episcopal Polonesa, o arcebispo Franz Lackner, presidente da Conferência Episcopal Austríaca e o bispo irlandês Kevin Doran.

“Lamento profundamente a resolução do Parlamento Europeu que solicita a possibilidade de matar as crianças por nascer. A cultura da vida prevista pelos pais fundadores da UE está se transformando em uma cultura de morte e exclusão, com a ideologia acima da razão”, escreveu Gądecki na sua conta no Twitter, em 24 de junho.




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