Vaticano, 20 jan. 21 / 08:36 am (ACI).- O Papa Francisco expressou nesta quarta-feira, 20 de janeiro, sua oração pelas vítimas da pandemia de Covid-19, especialmente em Manaus (AM), que nos últimos dias vem enfrentando o aumento de casos da doença e a falta de oxigênio para os pacientes.

“Nestes dias a minha oração é por quantos sofrem com a pandemia, de modo especial em Manaus, no norte do Brasil. Que o Pai das Misericórdias lhes sustente neste momento difícil. Abençoo-lhes de coração!”, disse a Santo Padre em sua saudação aos fiéis de língua portuguesa, ao final da Audiência Geral.

No dia 14 de janeiro, o estado de Amazonas, sobretudo a capital Manaus, viu o forte agravamento da crise gerada pela pandemia de coronavírus, ao registrar falta de oxigênio nos hospitais.

Relatos de profissionais de saúde indicaram que pessoas com Covid-19 faleceram em razão da falta de oxigênio e que foi necessário recorrer à ventilação manual para atender aos pacientes.

Além disso, devido a esta situação, pacientes tiveram que ser transferidos para hospitais de outros estados.

Frente a esta crise sanitária, o Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que engloba o Norte do Amazonas e Roraima, lançou a campanha “Amazonas e Roraima contam com a sua solidariedade”, a fim de ajudar as vítimas da Covid-19 que sofrem sem atendimento adequado nos hospitais.

Devido a esta situação, o Arcebispo de Manaus (AM), Dom Leonardo Steiner, lançou um apelo: “pelo amor de Deus, nos enviem oxigênio”.

O Prelado publicou um vídeo em nome dos bispos dos estados do Amazonas e Roraima pedindo ajuda para enfrentar essa situação. “As pessoas não podem continuar a morrer por falta de oxigênio por falta de leitos nas UTIs”, declarou.

Por sua vez, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ressaltou que “a gravíssima situação vivida na cidade de Manaus é urgente convocação para os cristãos e para todas as pessoas sensíveis ante o sofrimento do próximo”.

“Não podemos apenas nos lamentar. É preciso agir de forma urgente, solidária e com responsabilidade”, disse.