“Católicas pelo Direito de Decidir” não são católicas. O fato já foi denunciado em diversas ocasiões por bispos, padres e leigos católicos. Agora, também a Justiça de São Paulo reconheceu esta realidade.
Neste dia 27, de fato, o colegiado da 2ª Câmara de Direito Privado de São Paulo determinou que as “Católicas pelo Direito de Decidir” não podem usar o termo “católicas” em seu nome, porque a finalidade da sua associação “revela incompatibilidade com os valores adotados pela Igreja Católica”.
O desembargador José Carlos Ferreira Alves, relator do recurso, determinou que o grupo retire o termo de seu nome em até 15 dias. A multa em caso de descumprimento da decisão judicial é de R$ 1 mil por dia.
O pedido que deu origem ao processo é da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. A argumentação se baseia no fato de que as “Católicas pelo Direito de Decidir” não podem ser consideradas católicas porque se posicionam explicitamente contra a doutrina da Igreja a respeito de vários temas, a começar pelo aborto.
Aliás, fotos e memes envolvendo esta associação têm vindo à tona com regularidade em meio às persistentes campanhas de desinformação e manipulações pseudocientíficas em favor da legalização do livre extermínio de bebês em gestação.
A CNBB já emitiu nota oficial esclarecendo que o grupo feminista constituído no Brasil em 1993 não é compatível com a verdadeira fé católica. O grupo brasileiro tem relação com a entidade norte-americana Catholics for a Free Choice, surgido na década de 1970. Sobre essa entidade, os bispos dos Estados Unidos também já se manifestaram, em diversas ocasiões, para esclarecer que não se trata de uma organização da Igreja Católica.
As informações seguintes, sobre essa organização que usa estrategicamente o termo “católicas” para pregar ideologias e práticas que não são católicas, procedem de um artigo do pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, presidente da Associação Pró-Vida de Anápolis, GO. O texto foi publicado em 4 de janeiro de 2008 no site desta associação.
O pe. Lodi recorda, em seu texto, que a Igreja Católica se opôs frontalmente, em 1970, à lei abortista do Estado de Nova Iorque, estopim para a aprovação do aborto em todo o território dos Estados Unidos em 1973. Diante disto, três membros do grupo pró-aborto NOW (“National Organization for Women” – Organização Nacional para as Mulheres) fundaram, ainda em 1970, a organização CFFC (“Catholics For a Free Choice” – Católicas pelo Direito de Decidir).
A organização, que na realidade é abertamente anticatólica, já nasceu, portanto, com o objetivo de confundir o público e manipulá-lo em favor da agenda abortista mediante o estratégico uso do termo “católica”.
Um dos primeiros atos públicos das CFFC, de acordo com o artigo do pe. Lodi, foi ridicularizar a Igreja coroando uma feminista com o título de “papisa Joana I” na escadaria da Catedral de São Patrício, em Nova Iorque.
A primeira sede das CFFC se localizou nas dependências da “Planned Parenthood Federation of America” (PPFA), também em Nova Iorque. Trata-se da filial estadunidense da IPPF, International Planned Pareenthood Federation (Federação Internacional de Planejamento Familiar), atualmente proprietária da maior rede de clínicas de aborto da América do Norte. Conhecida como “a multinacional da morte”, ela tem sede em Londres e filiais em 180 países. Diretores dessa organização foram flagrados recentemente, em vídeo, negociando a venda ilegal de órgãos de bebês abortados em suas instalações.