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Outros Estados com muitos municípios têm mais sucesso que Minas na vacinação

Publicada em 09/04/21 às 08:11h - 22 visualizações

por Por CINTHYA OLIVEIRA


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 (Foto: google imagem)

Rio Grande do Sul, por exemplo, orienta cidades a não interromper a imunização durante os fins de semana


Minas vivencia a dificuldade de ter um grande número de municípios, mas outros Estados também extensos e populosos estão sendo mais eficientes na velocidade da vacinação. Na Bahia, com 417 cidades, o índice de aplicação de doses recebidas é de 70,8%, segundo o Ministério da Saúde. Um dos diferenciais do Estado vizinho foi criar a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), uma instância deliberativa do SUS que reúne todos os municípios e o governo estadual.

A comissão decidiu que o ressuprimento das vacinas ocorreria somente para as localidades que tivessem consumido o mínimo de 85% das doses entregues. “Isso foi fundamental para estimular os gestores municipais a vacinarem rapidamente, tendo em vista o receio de ficarem sem acesso às doses das novas remessas”, afirma o governo baiano por meio de nota.

Para o professor de direito público Carlos Barbosa, colocar uma diretriz mais objetiva aos municípios é uma maneira de acelerar o processo. “Quando se estabelecem metas, é possível ter um maior controle sobre os grupos vacinados e, inclusive, evitar desvios. O Estado é muito grande, mas isso não deve ser entrave ao ponto de impedir uma aceleração no processo de imunização”.

O Rio Grande do Sul, que compartilha com Minas a situação de ser um dos Estados mais endividados do país, já aplicou a primeira dose em mais de 13% de sua população – um dos melhores índices do país. E aplicou 67,9% das doses recebidas, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde.

De acordo com Ana Costa, diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde do Rio Grande do Sul, o governo local decidiu elaborar um manual de fácil acesso e compreensão que foi enviado a todos os municípios. Lá estão informações sobre quais grupos devem ser vacinados e diretrizes para a aplicação das doses. Há ainda uma recomendação para que os municípios promovam a imunização durante os finais de semana e feriados.

“Nós também monitoramos a vacinação em cada localidade. Dos 497 municípios, 94 estão com índice menor do que a média do Estado. Então, para eles a gente dá uma atenção especial, fazendo contato direto com secretários, para entender onde estão os problemas”, explica Ana Costa.

Estado mais rico e populoso do país, São Paulo não tem saído na frente simplesmente por ter o Instituto Butantan (produtor da Coronavac), mas porque vem se planejando desde o ano passado para a imunização, segundo Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças e coordenadora do Plano Estadual de Imunização. Mais de 2 milhões de moradores do Estado já receberam a segunda dose, e 74,6% dos imunizantes recebidos foram aplicados.

“Montamos um planejamento completo para garantir agilidade na logística e distribuição das doses. A cada nova entrega, nos organizamos e concluímos a distribuição para todas as regiões em até 52 horas”, esclarece Regiane.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) explica que as vacinas chegam às Unidades Regionais de Saúde até 24 horas depois de chegarem a Belo Horizonte. O transporte é feito por caminhões ou aviões, com escolta de forças de segurança. Depois, cabe aos municípios menores buscar os imunizantes nas regionais. A secretaria diz ainda que orienta os municípios, por meio de notas técnicas, a atender as pessoas incluídas no grupo prioritário para a vacinação, incluir no sistema de informações as doses administradas e armazenar a vacina de forma adequada, evitando perdas.

DESIGUALDADES REGIONAIS DE MINAS GERAIS TAMBÉM ATRAPALHAM

Minas é o segundo Estado mais populoso do país e o que possui o maior número de municípios – são 853 no total. E ainda registra uma grande diferença socioeconômica entre as suas regiões, que acaba se refletindo no processo de vacinação contra a Covid. Para Sheila Ferreira Lachtim, professora da Escola de Enfermagem da UFMG, é preciso considerar as desigualdades regionais ao se fazer uma leitura sobre a vacinação em Minas. “Os dados mostram que algumas macrorregiões, como Norte e Jequitinhonha, usaram menos de 60% das doses recebidas, enquanto outras, como o Triângulo, possuem uma taxa muito melhor. Tem que se entender quais são os gargalos das regiões onde a velocidade da imunização está menor e dar apoio a essas cidades”, explica.

De acordo com dados do Vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde (SESMG), ontem a macrorregião Norte havia usado 48,5% das doses recebidas, enquanto no Triângulo do Norte a taxa era de 68,6%.

A professora lembra que essa vacinação tem sido um desafio para os municípios. Anteriormente, todas as diretrizes já vinham definidas pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI), mas dessa vez as prefeituras tiveram maior liberdade para definir a vacinação conforme as doses que chegam.

“O PNI tem uma capilaridade muito grande, e normalmente as vacinações acontecem de maneira tranquila. Como há poucas doses contra a Covid e os grupos prioritários são muito grandes, muitos municípios preferiram não usar toda a capilaridade e centralizar o processo, para ter um maior controle. O próprio município acabou definindo quem deveria ser vacinado, e isso nunca havia acontecido”, conclui. 




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