Aatleta que ficou em segundo lugar, com 18 anos, ficou chorando sozinha, observou o pe. Zezinho a respeito de um torneio de tênis.
Ele escreveu, em sua rede social, as seguintes reflexões sobre o estranho e injusto tratamento dispensado a quem conquista a segunda mais elevada posição em uma competição, mas é sempre vista como a perdedora:
“Fiquei olhando a jovem tenista de rosto moreno que ficou em segundo lugar num torneio mundial. A outra que venceu subiu as arquibancadas para abraçar família, treinador e gente importante no mundo do tênis. Foi lindo ver a alegria da vencedora, elogiada como revelação naquele esporte. Tem 19 anos.
A que ficou em segundo lugar, com 18 anos, ficou chorando sozinha. Ninguém a abraçou, ninguém chegou perto, ninguém deu uma palavra de conforto. Eram lágrimas de uma jovem que chegara ao segundo lugar, mas ninguém festejou sua vitória”.
“Chegar ao segundo lugar aos 18 anos é uma grande vitória. Mas as lágrimas que escorriam do seu rosto mostravam solidão. Este é o mundo cruel da competição. Não chegar em primeiro é tido como derrota! E não é! Mas os louros da vitória ficam só na cabeça de quem venceu um jogo, quando a outra jovem que venceu muitas vezes agora é relegada ao oblívio, como se fosse a perdedora.
Na verdade, era vencedora por ter chegado em segundo lugar, depois de ter vencido todas a partidas menos a final. Não sei o nome desta jovem, mas orei por ela. Ela é vítima de um mundo que canoniza o vencedor e ignora o segundo vencedor”.
O pe. Zezinho então aplicou a reflexão ao contexto espiritual:
“Na religião também as palavras ‘vitória’, ‘vencedor’, ‘vitória em Cristo’ estão na moda, nem sempre devidamente explicadas. Estar em vigésimo ou milésimo numa corrida espiritual é chegar com méritos. Não desistiu e cruzou a faixa com a dignidade de quem nunca desistiu!
E até para quem desistiu no meio do caminho cabe um abraço. Só Deus sabe por que o seu coração doeu no meio do caminho”.