(31)993036981

NO AR

Manhã com a Pascom

Com Camila Silva

Covid-19

Minas Gerais completa um mês de vacinação contra a Covid-19 com 1,98% da população imunizada com a primeira dose

Publicada em 18/02/21 às 09:19h - 17 visualizações

por Por Rafaela Mansur, G1 Minas — Belo Horizonte


Compartilhe
 

Link da Notícia:

 (Foto: google imagem)

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), ainda neste mês, novas remessas devem ser enviadas a Minas pelo Ministério da Saúde.

Passado um mês desde o início da vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais, apenas 1,98% da população mineira recebeu a primeira dose do imunizante. O índice é o menor entre os estados do Sudeste do país. O percentual de pessoas que já receberam as duas doses é ainda mais baixo: 0,62%.

 

Vacina contra Covid: Pazuello diz que 230 milhões de doses serão entregues até 31 de julho

Na avaliação de especialistas, o problema não é o ritmo de distribuição das doses nos municípios, e, sim, a falta de vacinas em quantidade suficiente no país. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), ainda neste mês, novas remessas devem ser enviadas a Minas pelo Ministério da Saúde.

 

Com mais de 21,2 milhões de habitantes, o estado recebeu, até o momento, 1.171.180 doses, o suficiente para imunizar cerca de 667 mil pessoas. A estimativa considera que 980.680 imunizantes são CoronaVac e devem ser divididos em duas doses. As outras 190.500 vacinas são de Oxford e podem ser aplicadas sem reserva, já que as doses podem ser aplicadas com um intervalo de três meses.

 

Até esta quarta-feira (17), 422.713 pessoas receberam a primeira dose da vacina em Minas, e 133.568 foram imunizadas com duas doses. Isso significa que ainda há cerca de 614 mil imunizantes a serem aplicados nos 853 municípios mineiros. Pode parecer muito, mas, na prática, eles começam a se esgotar.

Nesta quarta-feira, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reuniu-se com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e outros governadores, para discutir o envio de novos lotes de vacina.

 

No encontro, Pazuello garantiu que 230,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 serão entregues até 31 de julho. Segundo o ministro, o cronograma leva em consideração a negociação da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin. As duas ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cobertura

De acordo com a SES-MG, o número de vacinados em Minas até agora representa 58,98% de cobertura da primeira dose em profissionais de saúde, idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena. Já para a segunda dose, a cobertura nestes públicos é de 14,36%.

 

Neste mês, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que a expectativa é que, até abril, Minas Gerais tenha doses para os grupos com idade acima de 60 anos e, dessa forma, consiga registrar uma queda na ocupação de leitos de terapia intensiva. Mas, para se ter uma ideia, para vacinar todos os 3,4 milhões de idosos no estado, seriam necessários cerca de 6,8 milhões de vacinas.

 

 

Cidades de MG dependem de chegada de mais vacinas para ampliar campanha; veja levantamento na Grande BH

Quando serei vacinado? Veja por que a pergunta ainda não tem resposta um mês após Brasil começar imunização

Capitais começam a suspender vacinação por falta de doses; veja lista

Em Belo Horizonte, 96.818 pessoas receberam a primeira dose do imunizante, e 38.582 receberam as duas até esta quarta-feira. No total, 242.220 vacinas foram entregues à cidade, o que significa que ainda há 106.820 doses a serem aplicadas.

 

A Secretaria Municipal de Saúde disse que o próximo grupo a ser vacinado inclui os demais trabalhadores da saúde que moram em BH e têm registro ativo no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde. O CNES reúne informações sobre unidades de saúde, quantidade de leitos e profissionais.

 

A Secretaria não descartou mudanças na ordem dos grupos, que vai depender do quantitativo de novas doses que serão disponibilizadas à capital. Informou, ainda, que a ampliação dos grupos depende do envio de outras remessas.

 

Atualmente, podem se vacinar:

 

Trabalhadores de 49 hospitais, públicos, privados e filantrópicos, além dos profissionais de serviços de urgência e emergência (Upas e Samu)

Trabalhadores dos centros de saúde e dos Centros de Referência em Saúde Mental

Trabalhadores que atuam em laboratórios, em clínicas oncológicas e hematológicas; em serviços de hemodiálise, clínicas de imagem

Trabalhadores da atenção secundária, atenção domiciliar e de especialidades do SUS-BH, equipamentos da saúde mental e hospital dia

Idosos e cuidadores das Instituições de Longa Permanência (ILPI)

Idosos de 89 anos, mediante agendamento

Idosos entre 86 e 88 anos

Alívio entre os vacinados

A primeira vacinada em Minas Gerais, a técnica em enfermagem Maria Bom Sucesso Pereira, de 57 anos, conta que passou o último mês mais tranquila. Cecé, como é conhecida, recebeu a primeira dose da CoronaVac no dia 18 de janeiro, em uma cerimônia simbólica no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, e a segunda, no dia 8 de fevereiro, no Hospital Eduardo de Menezes, onde trabalha há dez anos.

 

"Sou muito grata. É uma sensação de alívio muito grande, porque os casos de Covid-19 continuam crescendo muito e, onde eu trabalho, ainda vejo muita morte", diz Cecé, que é responsável por preparar os leitos para receber os pacientes no hospital. A técnica de enfermagem não sentiu nenhum efeito colateral da vacina.

Cecé exibe o cartão de vacinação após tomar segunda dose da Coronavac — Foto: Pedro Gontijo/Governo de MG

Cecé exibe o cartão de vacinação após tomar segunda dose da Coronavac — Foto: Pedro Gontijo/Governo de MG

Cecé espera que, em breve, todos possam sentir o mesmo alívio que ela vem sentindo no último mês.

 

"Tenho uma irmã com 70 anos, um irmão com deficiência. Fico muito preocupada e quero que todos recebam a vacina logo. Se você ficar sabendo de alguém que não quer (a vacina), pode mandar para cá, porque aqui em casa está todo mundo ansioso", brinca a profissional.

Depois da vacina, ela quer reunir toda a família em um passeio à Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para agradecer. "O jeito é esperar com paciência e com conscientização. Continuar usando máscara e álcool em gel e ficando em casa".

 

A médica Teresa Gamarano Barros, de 37 anos, coordenadora do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Eduardo de Menezes, também completa um mês de vacinada nesta quinta-feira (18).

 

"Eu me sinto aliviada, mas ainda muito preocupada com os familiares que não tomaram a vacina, meus pais, minha avó, meus tios. Sei que daqui a pouquinho vai chegar a vez deles, mas, até todos estarem efetivamente vacinados, ainda vou ficar apreensiva", contou. "Agora é esperar todo mundo ser imunizado para fazer uma grande festa e jogar as máscaras na fogueira", disse.

Teresa Gamarano Barros, médica coordenadora do CTI referência estadual em Covid-19 no Hospital Eduardo de Menezes. — Foto: Arquivo pessoal

Teresa Gamarano Barros, médica coordenadora do CTI referência estadual em Covid-19 no Hospital Eduardo de Menezes. — Foto: Arquivo pessoal

Ansiedade

Já a salgadeira Olga Maria Vieira Gomes, de 66 anos, que mora em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, não vê a hora de chegar a vez dela e do marido na fila da imunização.

 

"Estamos muito ansiosos para receber a vacina o mais rápido possível. Eu só saio de casa com muita necessidade, e meu marido não sai desde março do ano passado. Sinto muita falta de abraçar todo mundo e de passear com meus netos, esse negócio de ficar trancado em casa é muito difícil. Eu não tenho medo de vacina, não, peço a Deus que ela chegue logo", disse.

Na avaliação do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisador do Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Fonseca, o problema não é o ritmo de aplicação das doses no estado, e, sim, a falta de envio de vacinas em número suficiente por parte do Ministério da Saúde.

 

"Minas Gerais tem muita capilaridade no Sistema Único de Saúde (SUS) e uma logística de distribuição de vacinas que já foi posta à prova muitas vezes, a distribuição e aplicação de vacinas seguem a contento. O problema é que não temos vacina suficiente. Se tivéssemos mais doses, já teríamos vacinado muito mais gente. De forma geral, o governo federal não se adiantou, não se colocou em uma boa posição para conseguir mais acordos para a disponibilização de vacinas. Não fizemos esses acordos e, agora, estamos sofrendo na pele", afirmou.

 

Para o professor, se mantiver o ritmo atual de vacinação, dificilmente o estado vai alcançar a imunidade coletiva contra a Covid-19 neste ano.

 

"Isso (a falta de vacinas) estende a nossa vulnerabilidade à pandemia. Outra questão importante é que, quanto maior a demora para imunizar a população, mais chances nós damos ao vírus de sofrer mutações e de novas mutações surgirem", analisa.

 




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:








.

LIGUE E PARTICIPE

31993036981

Visitas: 545200
Usuários Online: 55
Copyright (c) 2025 - Paróquia Vitória e Antonio
Converse conosco pelo Whatsapp!