De acordo com o plano de vacinação contra a Covid-19 divulgado no site da Prefeitura de Belo Horizonte, o próximo grupo prioritário a ser imunizado são os trabalhadores que atuam em hospitais, clínicas e consultórios da rede privada. Todos eles deverão estar com o registro ativo no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
Este é o oitavo grupo prioritário para a vacinação definido pela administração municipal conforme orientação do Ministério da Saúde. Mas a prefeitura informou que “a mudança da ordem dos grupos a serem vacinados, assim como alguma fragmentação dentro deles, pode ocorrer dependendo do quantitativo de doses disponibilizadas”.
De acordo com Lúcia Paixão, diretora de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, 50 mil trabalhadores da saúde ainda não foram vacinados.
Enquanto espera pela vacina, a fisioterapeuta Cristina, 39, adota todos os cuidados para atender seus pacientes, mas teme uma possível infecção. “A clínica está adotando as medidas de prevenção, mas, na maioria dos casos, é impossível não tocar no paciente. O medo sempre existe, e já tivemos contato com clientes com teste positivo de coronavírus”, diz.
“Começamos a vacinar os profissionais da saúde que não estavam na linha de frente, mas o ministério nos orientou a priorizar os idosos e interrompemos temporariamente o processo de imunização dos trabalhadores da saúde. Nos voltamos para os idosos porque possuem maior risco de agravamento da doença”, explica Lúcia.
Segundo ela, o planejamento é feito conforme a quantidade de doses que chegam. “Na última remessa, queríamos vacinar os idosos com mais de 85 anos. Mas não havia doses suficientes. Por isso, optamos pelos maiores de 86”, relata. No último sábado, 10 mil idosos entre 86 e 88 anos foram vacinados. Outros 9.000 devem ser imunizados até o fim da semana.
“Conforme as doses forem chegando, vamos contemplando os grupos prioritários. Poderá haver uma antecipação da vacinação de trabalhadores da educação, mas isso dependerá da volta às aulas e se vier uma boa remessa de vacinas. Esse é um grupo robusto, com mais de 53 mil pessoas”, diz Lúcia.
Segundo ela, as segundas doses da Coronavac estão sendo guardadas, pois o intervalo para a aplicação é curto – de duas a quatro semanas. No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, todas as doses são aplicadas, já que a segunda deve ser dada em 12 semanas.