Belo Horizonte está em situação de alerta para doenças respiratórias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Até terça-feira (14) foram registrados 372 mil casos, 100 mil a mais que todo o ano passado.
Entre setembro e dezembro deste ano foram registrados 102 mil casos de gripe, 10 mil a mais que o mesmo período de 2020, de acordo com a secretaria.
Nos dados estão incluídos os diagnósticos referentes a gripes causadas por
influenza e com outras manifestações respiratórias por vírus identificado e não identificado, além de pneumonias virais, infecções agudas não especificadas das vias aéreas inferiores, entre outros.
O aumento do número de atendimentos se dá principalmente nos centros de saúde. Já nas UPAs, onde são atendidos os casos de urgência e emergência, não houve alterações significativas, segundo a secretaria.
Vacinação em BH.
Até o momento, a cobertura vacinal contra a Influenza está em cerca de 75%. Desde o dia 19 de julho, a vacina contra a gripe está sendo aplicada na população em geral, a partir dos 6 meses de idade.
Hospital infantil.
O pronto-atendimento do hospital infantil João Paulo II, no bairro Santa Efigênia, registrou 9.300 atendimentos de doenças respiratórias entre setembro e 15 de dezembro deste ano. No ano passado, neste mesmo período, o número de atendimentos foi de 2.400.
Situação em Minas Gerais.
O Estado registrou 67 amostrar clínicas com o a variante H3N2 do vírus da influenza, causador da gripe. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Essa mutação é a mesma que tem causado um surto da doença no Rio de Janeiro.
As amostras detectadas são provenientes de pacientes de 22 cidades mineiras e um do Rio de Janeiro. As macrorregiões de saúde Sudeste e Centro de Minas concentram cerca de 75% dos casos de H3N2.
A cobertura vacinal contra a gripe em todo o Estado está em 78,5%, de acordo com dados atualizados em 9 de dezembro. A SES-MG disse que todas as doses foram encaminhadas para os municípios e que orienta as cidades a adotarem estratégias para atingir 90% de cobertura do público acima de 6 meses de idade.
A SES-MG informou que o monitoramento da gripe é feito pela Vigilância Sentinela da Síndrome Gripal (SG). A SG visa identificar a a circulação dos vírus influenza e de outros vírus respiratórios e a virulência em cada período do ano. A pasta alega que neste ano Minas Gerais ampliou a Vigilância Sentinela da SG com a implantação de Unidades Sentinelas (US) de SG de modo a representar todas as regiões de saúde do Estado.