O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desembarcou no aeroporto de Confins por volta das 9h52 da manhã desta quinta-feira (30). Bolsonaro está em BH para dois atos, ambos em comemoração aos 1.000 dias de governo. Inicialmente, o presidente irá sancionar um projeto de lei que privatiza o metrô de BH. Depois, participará do lançamento da Pedra Fundamental do Centro Nacional de Vacinas MCTI-UFMG. O evento ocorre na Cidade Administrativa, e O TEMPO transmite ao vivo (acompanhe aqui).
Bolsonaro foi recebido por apoiadores que se concentraram em frente ao Terminal 3. Os ministros Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho e Marcos Pontes acompanham o presidente. Além disso, políticos como os deputados federais Diego Andrade (PSD), Fábio Ramalho (MDB), Cabo Junio (PSL), o deputado estadual Bruno Engler (PRTB) e o vereador Nikolas Ferreira (PRTB) foram ao local.
O presidente caminhou por toda a área onde estavam os manifestantes por cerca de dez minutos. Depois, por volta das 10h05, retornou para dentro do terminal, de onde deve pegar o carro presidencial e se encaminhar para Cidade Administrativa. Ele não falou com a imprensa.
A privatização do metrô
O projeto de lei que libera recursos para a ampliação e privatização do metrô de Belo Horizonte será sancionado por Bolsonaro nesta manhã em visita à capital mineira. Trata-se de um texto, aprovado pelo Congresso Nacional, que abre crédito de R$ 2,8 bilhões no Orçamento. No entanto, a construção da tão prometida Linha 2 (Calafate/Barreiro) só deve ter início após a concessão do metrô à iniciativa privada.
A avaliação do vice-líder de governo, o senador Carlos Viana (PSD-MG), é que as obras não devem ter início antes de 2024. A previsão do Ministério da Infraestrutura é que o edital de concessão do metrô seja lançado nos primeiros meses de 2022. A partir da privatização, a concessionária que assumir a operação do metrô de BH ficará responsável pelas obras da Linha 2, com o recurso já garantido pela União no Orçamento.
Há mais de dez anos, governos estaduais e federais se revezam nas promessas de ampliação do metrô de Belo Horizonte, enquanto outras capitais, como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, receberam grandes investimentos no setor, especialmente durante o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O centro de vacinas
O Centro Nacional de Vacinas MCTI-UFMG começa a ser construído, de fato, em janeiro de 2022 no Parque Tecnológico de Belo Horizonte BH-TEC, espaço de inovação tecnológica localizado no bairro Engenho Nogueira, em frente ao Campus da UFMG. Bolsonaro não vai visitar o terreno onde o edifício será construído.
O centro é fruto de uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conta com R$ 50 milhões do ministério e R$ 30 milhões do governo de Minas para as obras, compra de equipamentos, custos de infraestrutura e receita para os primeiros meses de funcionamento.
De acordo com Flavio Fonseca, pesquisador da UFMG e coordenador do CT-Vacinas, o centro vem ocupar um “buraco” que existe na produção científica brasileira. Segundo ele, há muitas pesquisas realizadas nas universidades voltadas para a elaboração de vacinas, mas elas não chegam efetivamente aos responsáveis pela produção dos imunizantes. Atualmente, a maioria das vacinas fabricadas na Fiocruz, no Butantan e na Funed foi desenvolvida em outros países.
No Centro Nacional de Vacinas, os pesquisadores vão encontrar infraestrutura para trabalhar todos os passos de produção de imunizantes, inclusive com biossegurança suficiente para a produção de ingrediente farmacêutico ativo (IFA). A expectativa é que o espaço fique pronto em dois ou três anos. Podendo abrigar cerca de 150 pesquisadores, o Centro Nacional de Vacinas será financeiramente independente da UFMG.
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