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BH levará 33 dias para vacinar todos os adultos com 1ª dose no ritmo atual

Publicada em 11/08/21 às 08:43h - 16 visualizações

por Por ALINE GONÇALVES E LETÍCIA FONTES


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 (Foto: Foto: Ramon Bitencourt / O Tempo)

Se mantiver a média do mês de julho, capital deve encerrar vacinação da fase adulta em 20 de setembro


Se mantiver a média dos últimos 30 dias de vacinação com primeira dose ou dose única, Belo Horizonte gastará mais 33 dias para imunizar todos os adultos da capital mineira. Entre 5 de julho e 9 de agosto (30 dias, considerando o funcionamento dos postos), em média, 12.826 pessoas tomaram a primeira dose ou dose única no município a cada dia. Segundo a prefeitura de Belo Horizonte (PBH), com base no último censo realizado pelo IBGE, pelo menos 427 mil pessoas, entre 18 e 32 anos, ainda são esperadas para as próximas faixas etárias de imunização com primeira dose.

Assim, nesse ritmo, a vacinação da população acima dos 18 anos na capital terminaria no dia 20 de setembro, dentro das projeções esperadas pelo governo do Estado, que havia informado o fim da imunização dos adultos e início da imunização dos adolescentes ainda em setembro. O ritmo de vacinação na capital ainda pode se acelerar ou atrasar, a depender das estratégias adotadas pela PBH e da chegada de novas vacinas ao município entregues pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a prefeitura informa possuir capacidade para aplicar 50 mil doses por dia. No entanto, a média de doses aplicadas (primeiras, segundas ou únicas), por dia, no último mês, foi de 21.793. Especialistas alertam que é preciso mais vacinas para que a prefeitura consiga ampliar sua capacidade de imunização, mas isso também passa por estratégias. Na semana passada, o município optou, por exemplo, por dividir as faixas etárias de 35 e 34 anos, enquanto anunciava para essa semana novos grupos de imunização, mesmo essas faixas etárias não extrapolando a capacidade máxima na aplicação de doses diárias. A Prefeitura de Belo Horizonte não informou se a capacidade atual de imunização considera possíveis ampliações de horário. Somente há seis dias, a capital passou a contar com pontos de vacinação noturno. 

Nos últimos 30 dias, 22 de julho foi a data em que a PBH menos vacinou. Na ocasião, 12.021 pessoas foram imunizadas, sendo 5.868 com a primeira dose, 6.153 com a segunda dose e 838 com a dose única. Em contrapartida, no dia 20, 33.091 pessoas foram imunizadas - maior volume do último mês registrado em 24 horas.

Na avaliação do professor de epidemiologia e saúde coletiva da Universidade Federal de Alfenas, Sinézio Inácio da Silva Júnior, é preciso que as prefeituras liberem as vacinas que chegam à população o quanto antes. "A melhor estratégia é vacinar o quanto antes, especialmente quando já sabemos que temos a variante Delta na região. Quanto antes se vacina, se evita o contágio. Durante uma pandemia, é preciso controle epidemiológico rápido. Quanto mais se atrasa a primeira dose, mais se atrasa a imunização completa com as duas doses", avalia o médico, que acredita que a estratégia da Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira seja imunizar nem que seja pouco a cada dia, evitando, assim, parar a imunização por falta de doses, como tem acontecido em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

"A gente compreende que as prefeituras não querem frustrar a população, queimando todas as doses para depois ficar sem e não ter como cumprir o planejado na faixa etária seguinte. Politicamente, não é simpático e interessante", analisou. 

O epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro faz ressalvas, por outro lado, e acredita que o modelo adotado pela PBH é mais eficiente do que o usado em outras cidades. "Vacinar não é só aplicar a vacina: você tem que organizar, avisar os grupos, treinar as equipes, distribuir os imunizantes. Esse não é o problema. O problema é a falta de planejamento e a falta de vacinas. Não adianta aglomerar as pessoas em três dias e ficar os outros três com os postos vazios por não ter mais imunizantes. Isso não é inteligente", destaca o especialista. "É compreensível a ansiedade da população, mas não tem como fazer campanha sem vacina. Essa corrida por antecipar alguns dias não vai fazer diferença, você só tumultua", considera Ribeiro. 

Postos vazios

Com diabetes, a artista plástica Mariana Moreno, 26, completou o esquema vacinal nesta semana, no ponto drive-thru do Minas Shopping. Sem filas, ela encontrou o local vazio. "Eu fui às 11h, e não tinha ninguém. Na primeira dose, fui à tarde também e o posto estava vazio", conta. 

Atualmente, os postos de vacinação em BH funcionam de segunda a sábado, das 8h às 17h nos pontos fixos e de 8h às 17h30 nos pontos extras. Em nenhum momento eles foram abertos aos domingos e aos feriados e, somente há seis dias, algumas unidades passaram a funcionar até à noite. 

"É preciso vacinar feriado, domingo, à noite, ninguém quer massacrar as equipes, mas vacinar exige muito menos perícia técnica do que dos profissionais que estão trabalhando nas UTis e dando suporte, que correm o risco de ficarem sobrecarregados futuramente se a pandemia não for controlada com a vacinação", pontua o professor de epidemiologia e saúde coletiva da Universidade Federal de Alfenas, Sinézio Inácio da Silva Júnior.

"Não estamos brincando de pandemia, esses dias que ficam parados fazem diferença na imunização, não é coerente e aceitável ficar preso a dias e horários comerciais. Vacinar fora dos horários comerciais é fundamental, porque as pessoas que mais correm risco são aquelas que estão trabalhando durante o horário comercial", completa. 

Outro lado

PBH. Procurada, a prefeitura informou que está apta a vacinar até 50 mil pessoas por dia, sendo que as equipes já chegaram a imunizar cerca de 30 mil pessoas em uma mesma data. O município destacou ainda que um novo grupo só é convocado quando há doses suficientes para garantir a vacinação de todo o público. "A entrega de vacinas para o município é de forma fracionada. Por esta razão, a vacinação da população é feita de forma escalonada conforme a entrega das doses pelo Ministério da Saúde", destacou em nota.

Horários de vacinação. Em BH, o horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. Já aos sábados os postos fixos e extras funcionam das 7h30 às 14h e os pontos drive-thru das 8h às 14h. 

Vacinação noturna. Há também quatro pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Na UFMG, no Campus Saúde, na Escola de Enfermagem, o funcionamento é das 12h às 20h. Já nas faculdades Pitágoras, na rua dos Timbiras, e na UNA-BH, na rua Aimorés, e na Faminas, na Avenida Cristiano Machado, a vacinação acontece das 8h às 20h. 





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