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BH e Minas não vão antecipar intervalo entre doses da vacina contra a Covid-19

Publicada em 16/07/21 às 09:17h - 43 visualizações

por Por LETÍCIA FONTES E ALINE GONÇALVES


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 (Foto: Foto: Cristiane Mattos)

Atualmente, pelo menos cinco Estados e oito capitais do país decidiram encurtar o prazo da aplicação da segunda dose para aumentar a parcela da população totalmente imunizada


Ao contrário de muitos municípios que estão antecipando a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para aumentar a parcela da população totalmente imunizada, o governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte afirmaram não ter a intenção de mudar a estratégia na imunização. Atualmente, pelo menos cinco Estados e oito capitais do país decidiram encurtar o prazo da aplicação da segunda dose da vacina da AstraZeneca. Com a justificativa ampliar a segurança contra a variante delta do coronavírus, o Distrito Federal também encurtou o tempo de aplicação do imunizante da Fiocruz e da Pfizer. 

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda 12 semanas para a aplicação da Astrazeneca no Brasil. A pasta escolheu o maior prazo previsto em bula para aumentar o total de pessoas vacinadas com ao menos uma dose. Porém, na bula da Fiocruz, responsável pela produção e importação da tecnologia da AstraZeneca, a informação é de que "a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira". No caso da vacina da Pfizer, o governo federal determinou prazo de 90 dias entre as duas doses, repetindo a estratégia do Reino Unido, que ampliou o prazo previsto na bula do imunizante, que é de 21 dias de intervalo. 

Com a chegada da variante Delta ao Brasil e a possibilidade dela se espalhar rapidamente alguns Estados, no entanto, optaram por reduzir o intervalo para oito semanas. Os Estados do Rio de Janeiro, do Maranhão, do Mato Grosso do Sul e do Pernambuco foram um dos que adotaram essa recomendação para a vacina AstraZeneca. O Distrito Federal também antecipou a aplicação de 90 para 60 dias para as vacinas da AstraZeneca/Oxford e Pfizer. 

Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte informou ter antecipado em, no máximo, uma semana o aprazamento das doses. A estratégia foi adotada, segundo o município, para compatibilizar as demandas nos pontos de imunização e evitar aglomeração. Já o governo de Minas informou que segue as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que prevê no caso da AstraZeneca e da Pfizer o intervalo de 12 semanas (3 meses) entre as doses. 

Na avaliação do médico infectologista, Guilherme Lima, é preciso cautela ao antecipar a segunda dose do imunizante. "O benefício de se antecipar seria uma proteção mais efetiva e mais rápida. Mas temos pouca evidência científica que isso seja uma estratégia eficaz. De um lado, há a chance vacinar mais pessoas com duas doses em um intervalo menor de tempo, mas, por outro lado, deixa-se de vacinar com a primeira dose outra proporção da população. Talvez faça mais sentido vacinar mais pessoas com a primeira dose, uma vez que ela oferece uma proteção significativa de formas graves da doença em detrimento de vacinar poucas pessoas com primeira e segunda dose completa", pontua. 

Outro lado

Por meio de nota, a Pfizer informou que as indicações sobre regimes de dosagem do imunizantes ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública. O laboratório frisou, no entanto, que a bula registrada pela Anvisa preconiza um intervalo entre doses, preferencialmente, de 21 dias, e que a segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes.

Já a FioCruz se pronunciou, por meio de nota em sua página na internet, ressaltando que a imunização após 12 semanas garante maior cobertura vacinal à população. “A respeito da redução no intervalo entre as doses da vacina produzida pela Fiocruz (AstraZeneca), a fundação esclarece que o intervalo de 12 semanas entre as duas doses recomendado pela Fiocruz e pela AstraZeneca considera dados que demonstram uma proteção significativa já com a primeira dose e a produção de uma resposta imunológica ainda mais robusta quando aplicado o intervalo maior. Adicionalmente, o regime de 12 semanas permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um maior número de pessoas”. 

O Ministério da Saúde, por sua vez, disse que acompanha todos os estudos sobre as vacinas e qualquer modificação deve ser discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis.

BH já tem parte das 2ª dose Pfizer e AstraZeneca 

A opção da imunização não antecipada em Belo Horizonte é uma questão estratégica, não de falta de doses, uma vez que BH já tem parte das segundas doses das vacinas da Pfizer e da Astrazeneca. Segundo o boletim da capital, cerca de 456 mil imunizantes ainda não foram aplicados.

Procurado, o município informou que neste total estão incluídas doses de vacinas reservadas para aplicação da segunda dose em trabalhadores de saúde, idosos e das forças de segurança e destacou que neste quantitativo há doses já aplicadas e que ainda não foram lançadas no sistema, especialmente em postos extras e pontos de drive-thru, devido ao registro que é feito de forma manual e depois computado. "Os dados do boletim são dinâmicos e, mesmo sendo atualizados diariamente, as informações não são inseridas em tempo real", afirmou por meio de nota. 

Ontem, a PBH completou o esquema vacinal nos idosos de 61 anos, e no sábado, será a vez das pessoas com 60 anos.




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