Membros do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da capital mineira devem se reunir novamente com prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, entre esta quinta-feira (15) e a sexta-feira (16), para decidirem os rumos das medidas de isolamento adotadas na capital mineira diante da pandemia.
Nessa quarta-feira (14), não houve uma decisão após longa reunião, que durou quatro horas. Em nota, o Executivo municipal informou que, apesar da melhora dos índices de monitoramento da doença na cidade, o comitê "avalia as perspectivas de suprimento de insumos e medicamentos destinados à rede hospitalar de Belo Horizonte para a tomada de decisões em relação à reabertura das atividades na cidade". O receio dos infectologistas que integram o grupo também diz respeito a possíveis efeitos do último feriado, da Semana Santa, uma vez que os números de internações e casos costumam crescer após folgas do tipo.
Acredita-se, ainda, que os membros tenham preferido esperar o posicionamento do governo do Estado sobre a Onda Roxa, a mais restritiva do Minas Consciente e que vigora atualmente na capital mineira, mas que pode ser substituída pela Onda Vermelha, de acordo com intercolutores do governador Romeu Zema. As possíveis mudanças serão comunicados ainda na manhã desta quinta-feira, já que uma coletiva de imprensa está agendada para às 11h30 - ela será exibida pelo portal O TEMPO.
Caso a região metropolitana avance para a Onda Vermelha, que permite o funcionamento de atividades não essenciais com limite do uso da capacidade, todavia, a adoção é facultativa às prefeituras, ao contrário da fase roxa - vale lembrar que Belo Horizonte nunca aderiu ao programa do governo estadual quando a adoção não era obrigatória.
A capital mineira está com restrições para abertura do comércio e outros espaços públicos desde o dia 6 de março, face decreto da prefeitura. Em meados de março, a cidade chegou a adotar até mesmo toque de recolher, em função de diretrizes do governo estadual.
O tema flexibilização não é consenso entre as entidades representativas de classes e outros grupos da cidade. Enquanto professores da UFMG e Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte defendem medidas mais rigorosas, com a implementação de um verdadeiro lockdown, a Câmara dos Dirigentes Lojistas apoia a reabertura do comércio.